segunda-feira, maio 09, 2011

A primeira vez em tudo!

Nunca tinha viajado antes. Nunca pra tão longe. Nunca tinha viajado sozinha. Mas decidi. E fui! De São Paulo a São Luís do Maranhão. Nunca tinha viajado de avião! Mas fui!!!
Devo dizer,  deu um certo medo... Um friozinho na barriga, uma insegurança em relação ao desconhecido. Eu nunca tinha ido ao interior de São Paulo sozinha, quem dirá para tão longe. Mas meti o carão e fui! O avião levantou vôo,  e descobri que nasci para voar! Mas na primeira classe, ou no mínimo na executiva,  porque a econômica, nossa, ela judia da pessoa. Mas foi bom! Vôo com escala para embarque e desembarque em Brasília, e depois rumo a São Luís! Cheguei de madrugada no hotel,  e logo que abri a porta do quarto,  deparei-me com um   homem semi nú, o carregador foi saber o que aconteceu,  e o gerente informou que havia me colocado em outro quarto,  dessa vez, preferi não abrir a porta. Mas o quarto estava vazio, para o meu alívio!
Cansada terminei de tomar minha latina de cerveja,  comprada a caminho do hotel,  tomei um banho e deitei para dormir... - Há momentos em que a solidão não assusta,  principalmente quando estamos cansados.
O domingo amanheceu nublado,  algo sobre São Luís,  lá chove muito, mas nunca esfria de fato, quando há queda de temperatura e fica frio,  os termômetros marcam no máximo  20Cº. Então tomei meu delicioso café da manhã no restaurante,  e logo depois troquei de roupa e fui para piscina. Sentia-me insegura e só. Como se minha capacidade de comunicação estivesse escondida em algum lugar debaixo da minha cama em Sampa. Tantos medos, tantos receios. De quê?  Perguntei-me, tendo observado um corôa que entrava na piscina quando eu entrava  e saia quando eu saia, fui ao encontro dele e perguntei se poderia sentar ao lado dele, ao que ele me respondeu que sim. Entabulamos uma conversa e logo já tínhamos combinado ir á praia juntos. Uma tarde agradável e a certeza de que dali por diante nada mais me deixaria tão insegura. 
Passei a agir como ajo aqui em Sampa, fui tomar minha cerveja sozinha,  conheci mais pessoas, e descobria algo sobre mim que se nunca tivesse viajado sozinha, jamais saberia... Não importa qual o lugar do mundo em que eu esteja, ou a situação que me encontre que um sorriso e algumas palavras gentis não quebre o gelo e atraia afeto e reciprocidade.
Hoje sou uma mulher mais segura do que outrora tenha sido. Também sou uma criança mais curiosa,  e mais ansiosa por novas descobertas,  sobre o mundo sobre você sobre mim!!!
Nem tudo foi perfeito, houveram momentos de fraqueza e solidão, nesses momentos pensei que sentia falta das pessoas que me cercam e que tanto amam, mas sentia falta era de mim, por não atingir a plenitude daquilo que sou ou poderia ser,  então decidi olhar no espelho da minha alma e seguir em frente, na minha busca por mim mesma, me encontrei as vezes escondida átras de braços cruzados ou expressões mais sérias do que costumo ser... Não era eu, eram meus medo, e os venci, um a um... Não sem receio... Mas venci!!!
Voltei num sábado a tarde, deixei São Luís debaixo de chuva,  com problemas que em São Paulo conhecemos bem, alagamentos, trânsito lento, quase parado. O céu coberto com nuvens muito carregadas! Quando o avião levantou vôo, passou por nuvens muito densas, mas acima delas o céu se abria num azul tão anil, tão lindo... Que estava certa,  nada daria errado. Deus dava mais um de seus espetáculos,  e acalmava meu coração!!
E pra terminar,  como presentes celestes, lá de cima eu pude observar um dos mais belos, e com certeza, o mais inesquecível pôr-de-sol que já vi, como se fosse o primeiro!
Eu não sei o que o futuro me reserva, quais serão as novas viagens, os novos vôos, onde assistirei outros maravilhosos pores-de-sol,  o que eu sei é que foi minha primeira vez,  e será minha primeira vez em tudo!

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