quarta-feira, dezembro 29, 2010

30 segundos para o fim do ano, e o mundo parou.


   Depois de tanta correria, um ano cheio de afazeres,  escola,  trabalho,  namorado, amigos e família, passara as duas últimas semanas de 2010 correndo entre as lojas movimentadas,  entre presentes e enfeites,  ou circulando entre confraternizações e festejos de fim de ano. Sentia-se cansada,  mas este dia era especial. A transição do velho para o novo, uma nova chance de recomeçar,  construir novos sonhos, refazer velhos planos,  traçar novos projetos...
  Ela precisava se animar, então depois de preparar alguns pratos para levar à festa onde passaria aquele reveillon, tomou banho,  vestiu-se de branco,  arrumou os cabelos de modo casual,  passou seu melhor perfume, calçou suas novas sandálias, colocou seus últimos acessórios e, antes de pegar suas coisas e colocar no carro,  acariciou seu gato vira-lata que ficaria sozinho,  em meio a balbúrdia de tantos fogos,  serviu a ele uma ração especial, água fresca, beijou-lhe as fuças,  pegou suas coisas,  sua bolsa e saiu.
  O trânsito definitivamente estava congestionado,  mas não se preocupava,  saíra cedo de casa. No caminho observava as pessoas em seus automóveis,  algumas pareciam tão eufóricas,  outras levavam consigo aquele ar de cansaço,  algumas tensas,  outras apáticas, quando distraiu-se com uma discussão,  alguém  fez uma ultra passagem  que não deveria,  e embora não tivesse causado um  acidente, o motorista que foi cortado sentindo-se ofendido desceu do carro e começou a bater explosivamente no carro da frente,  xingando, ameaçando  e parando mais ainda o trânsito que já estava congestionado. Pessoas tocavam suas buzinas, outras já começavam a gritar piorando toda aquela confusão. Fechou o vidro do carro ligou o rádio e ficou a ouvir as canções que falavam do fim de ano,  de recomeço,  e pensou consigo,  que este mundo é tão louco que não valia a pena comemorar,  pra quê,  pelo quê, se pessoas brigam á toa,  por nada,  se o amor não podia ser encontrado tão facilmente... Mas havia se comprometido e foi.
  Chegando no seu objetivo encontrou seus parentes e amigos,  seus familiares,  alguns conhecidos,  outros nem  tanto, todos  abraçando-a, e lamentou tanta hipocrisia e frivolidade. Isso seguiu noite adentro,  com cada convidado que chegava. 
  Já era próximo das 12 horas,  quando todos começavam a  preparar  suas simpatias.  Uns contavam as uvas,  outros, separavam  lentilhas,   pegavam notas e moedas, tantas coisas,  tantos ritos. Ela parecia não fazer parte daquilo tudo.
 Faltavam agora 10 minutos, os fogos que já riscavam o céu, ou ribombavam,  agora aumentavam gradativamente,  avisando que estava próximo o novo começo,  a grande queima. A confraternização mor! As pessoas reuniam-se nas sacadas,  ou nas ruas com garrafas de champagnhe nas mãos e taças,  em pequenos ou grandes grupos,  então ela se ateve a uma sacada,  onde havia uma pessoa somente, vestida de branco também,  com sua taça na e garrafa nas mãos,  e automaticamente sentiu que aquele era o reflexo da sua solidão...
  Um  minuto para a meia noite,  e aquela imagem não saia de seus olhos... Os segundos passavam lentamente, 50 segundos... 45... 41... 37... Os fogos começavam a explodir com tantas cores e intensidade,  tantos sons... 31 segundos... e de repente... O MUNDO PAROU!!! Os relógios pararam,  do mundo inteiro nesse momento exato: 11 horas 59 minutos e 30 segundos.
   As pessoas se olhavam,  e olhavam para o céu,  e para os relógios,  e umas para as outras novamente e não podiam entender a gravidade daquela situação. Não haveria um amanhã? Um ano novo e bom? Os mais ligeiros tentavam obter alguma informação,  ligando teves, rádios, tentando navegar na rede,  buscando pelo Google ou Wikipédia alguma explicação pláusivel,  para o que acontecera.
   Não adiantava! Nada adiantava. então o desespero começou a apoderar-se de todos no mundo inteiro,  até que algumas pessoas tiveram a coragem de pronunciar a frase:  "O MUNDO PAROU!" Lágrimas,  desolação,   então ouviu-se uma voz erguer-se fortemente e dizer:
 - ACALMEM-SE!Deus está aqui a olhar por todos vocês, temos visto guerras,  terremotos,  acidentes,  violências de pais contra filhos,  filhos contra pais,  contra velhos,  mulheres,  crianças, jovens,  adultos, contra a humanidade! Deparamo-nos com nossos piores medos, quando olhamos pro próximo,  ou frente aos nossos espelhos, mas nos agarramos ao nosso semelhante num momento de dor e desespero. Angustiamo-nos e nos apiedamos uns dos outros. Se em momentos difíceis podemos ser assim,  porque pensam que Deus nos desampararia numa hora dessas. Há pessoas que não compreendem a importância desses segundos, onde um ciclo se fecha e outro inicia, mas olhem pra vocês,  aterrados pelo medo,  tão iguais em suas misérias, mas lado a lado e irmãos. Por que nos reconhecemos principalmente nos maus momentos? Por que não nos amarmos e confraternizarmos de coração limpo e aberto com o próximo? Por que sermos iguais apenas na dor? Observem o quanto aprendemos neste trinta segundos que perdemos! Muitos descobriram mais sobre o amor hoje,  através do medo, do que em  uma vida inteira! Se o amanhã não vier... Pensem nisto!
  Olhava para o homem sozinho na sacada! 
De repente,  no ribombar dos fogos, ela acordou, entre abraços e beijos, o homem da sacada sorria, e ela descobrira a importância do reveillon!  


sábado, dezembro 25, 2010

Dia feliz

Para você um dia de cheiros, sons e sabores daqueles que deixam a gente feliz! 

Cheiro de terra molhada, orvalho da madrugada, fruta madura, dama da noite, hálito fresco, banho tomado, cheiro de criança! 


Sons de chuva no telhado, telefonema esperado, um oi de quem vc sente muita falta, das palavras eu te amo ditas olho nos olhos, beijo estalado, de musica que toca seu coração, da crítica dum amigo sincero, do elogio deste amigo, de cachoeira, crianças brincando, canção de ninar, voz de mãe, do ser amado! 

Sabor de água doce, chope com amigos, vinho com namoro, beijo molhado, beijo de criança, suco de laranja, de fruta doce, mousse de chocolate, torta perfeita, sabor de amigos à mesa, pão com ovo, feijão de mãe, arroz, macarrão... 

Que tudo lhe seja agradável e bom, porque isso nos torna melhores, mais felizes e nos fortalece para enfrentarmos o dia-à-dia.

Um Feliz Natal!!!


domingo, dezembro 12, 2010

December....

    A cidade está iluminada com luzes de pisca-piscas. O calor aumenta, progressivamente, trazendo pancadas de chuva no fim da tarde. O comércio cheio de enfeites natalinos,  papai noel,  estrelas,  presépios,  manjedouras,  bonecos de neve... Iniciam-se os sorteios de amigo secreto, a busca desenfreada por roupas,  sapatos,  bijuterias, jóias,  presentes para  aqueles que amamos, outros que nos obrigamos a presentear e para nós mesmos. 
    Por aqui as coisas ficam  meio loucas, as clientes querem tudo pra última hora: luzes,  progressiva,  coloração,  corte,  escova,  tudo! Dias cansativos,  passam tão rápido que fica difícil pensar no que está acontecendo... Corremos tanto,  para depois daquele minuto fatídico que torna o dia vivido em passado,  e o seguinte no hoje como se fosse o último.  Sei que parece cínico e vazio descrevê-lo dessa forma, mas é assim! Vendo o lado frio da questão é isso! Sequências de horas,  dias, semanas, meses,  anos!!!
Mas não é uma data que podemos observar simplesmente pelo lado frio,  porque por maior que pareça o consumismo,  por maior que seja a loucura nas ruas, é uma ocasião na qual as pessoas se reúnem  em suas casas,  famílias inteiras e confraternizam. Isso é lindo!!!
      Como é lindo a simbolismo desta data.O dia em que Jesus nasceu,  comemorado a mais de dois mil anos. Religiosos podem questionar esta data, dizerem que é pagã, puro comércio. Mas creiam,  independente dos conceitos religiosos que se tem,  o simples fato de existir um dia para pararmos e refletirmos sobre nossos laços de amor,  para estarmos com nossos familiares, é maravilhoso!

Amor,  este sentimento é o maior  e o melhor para ser cultivado em nossos corações.

     Eu acredito em  Deus, no seu caráter bondoso,  misericordioso e no seu amor. Quando ainda criança,  não conseguia,  não podia entender,  porque Deus criaria um mundo para permitir que este caísse e tivéssemos que arcar com as consequências. E não podia entender ainda mais: por que este mesmo Deus que  viu tudo isso acontecer,  mandaria o Seu Filho nascer aqui, pobre,  numa manjedoura,  para nos ensinar sobre o amor? Então um dia,  minha irmã Mone me deu a explicação do jardineiro,  que vou contar aqui pra vocês, e foi quando compreendi:

"Imagina um jardineiro,  que cria diversos jardins,  cada um que ele cria,  ele vai lá,  e cuidadosamente escolhe as plantas,  as flores,  as posições em  que tudo ficará,  e fica ali,  cuidando pra que aquele jardim floresça,  forte,  bonito, para que as pragas não destruam sua criação, então,  quando vê que todo está bem, ele pensa: - Que belo jardim,  é tudo tão perfeito,  as plantas e as flores são lindas! Está tão bonito e tudo tão bem, farei outro jardim! Estão,  este mesmo jardineiro começa uma nova empreitada,  criar outro jardim,  tão lindo quanto o outro,  em outro lugar,  para ampliar a beleza,  espalhá-la por outros cantos, e esse novo jardim é criado,  e tudo parece correr bem,  mas de repente uma praga ataca aquele lugar, que era pra ser tão lindo,  e ele não desenvolve,  as plantas começam a atrofiar,  ou morrer,  as flores secam, e o que ele deve fazer? O jardineiro se pergunta. Devo cuidar desse jardim,  porque não posso permitir que essas folhas,  essas flores, toda esta criação morra,  e elabora o seu plano. Esse cuidado só termina,  quando ele decide o que o ajudará a salvar o jardim,  ele sabe que não será fácil, porque a praga se alastra,  e enquanto ele cuida de uma planta, ela vai atacando outras, mas o amor dele é tão grande,  que ele decide sacrificar aquilo que ele tem de mais valioso, a vida, para dedicar-se a cuidar daquele jardim,  até que este esteja totalmente restaurado novamente. Ele poderia simplesmente sair dali e montar outro jardim,  podia concluir que 
aquela terra era infértil, e não valeria a pena! Mas não, por amor ele decide cuidar deste jardim até que seja completamente restaurado".




   Quando ouvi essa estória pareceu tão claro crer no Amor de Deus por nós. Quem ama cria, cuida,  proteje, liberta... A imagem do menino Jesus numa manjedoura é conhecida por quase todo o mundo,  e não importa no que você acredite,  o fato é que Ele nasceu pobre,  viveu ensinando o amor,  não o amor dos poetas,  mas o amor pelo outro, pela vida,  por si mesmo, e a Deus acima de tudo,  porque Ele sabia que só o verdadeiro Amor pode salvar.
     Há muito estou fora da igreja -tempo demais, chego a pensar.-  mas a idéia de comemorar um gesto de cuidado e amor é realmente linda!
     É comum ouvir pessoas dizerem que o Natal ficou sem graça, principalmente os adultos, eu mesma já disse isso muitas vezes,  mas afastei-me da idéia do amor! Eu me tornei mais uma consumista desta data! Asfastei-me do real sentido do Natal,  uma lembrança de Amor.
    E neste Dezembro quente e  abafado de São Paulo,  recheado de notícias ruins, desastres, guerras, propagandas,  ofertas,  promoções, correria,  comércio lotado, PARE um pouco!  Pode ser frente a um presépio, numa igreja,  praça,  rua,  em casa,  no seu quarto,  na sua cama... e REFLITA!

O que realmente importa nesta data pra você?



    Procure um real significado,  um gesto de amor no meio de toda essa confusão,  algo que te traga um pouco daquele encanto,  daquela magia,  que te remeta a esse espirito de amor. E independente daquilo que você acredite... Uma criança é sempre símbolo de recomeço, e inspira cuidado e afeto, e pra que se desenvolva bem,  precisa de amor. Eu preciso, você precisa,  todos nós precisamos de muito AMOR. 
    Que neste dia em que comemoramos o nascimento do Menino Jesus,  que o Amor nasça e renasça em nossos  corações!




Experimente a magia do Natal!!!



sexta-feira, novembro 12, 2010

Homenagem a um companheiro vivo.

   Nos conhecemos há pouco mais de três,  quatro anos. Iniciou-se com cantadas respeitosas, mas tão baratas que não valia a pena levar a sério. Mas ao longo deste tempo que nos conhecemos foram muitas conversas francas,  às vezes a seco,  outras regadas a cerveja, minha marca predileta,  claro! Discordarmos não era,  nem é incomum,  mantemos essa marca,  ou por contrariedade e oposição mesmo, ou por pura graça de discordar. Muitas piadas, saudáveis,  cretinas,  leves,  sujas, quem se importa? Não eu!
    Mas nesse momento, ele não está nada bem,  preso a uma cama de hospital,  na UTI,  luta pela vida. Sua cara de zangado, ou Gargamel, como costumava chamá-lo nos nossos bate-papos, hoje está abatida e frágil, o que é lamentável. Como também é lamentável que ele tenha deixado as coisas chegarem ao extremo, mas essas conjecturas já não servem mais! 
   Aqui o meu apoio,  minha lembrança, meu abraço. Meu desejo que ele se recupere,  e que nossas discussões prossigam. Nossas conversas longas no meu tempo livre, antes do almoço. Ou na parte da tarde. A ele dedico esta página, este dia  e a cerveja que tomarei mais tarde, porque ele me ensinou muitas coisas,  contou-me muitas estórias e histórias e me ouviu tantas vezes que, agora relembrando,  meus olhos marejam, só por recordar - se fosse uma folha de papel vocês veriam a escrita borrada, aqui, só descrevo minha emoção!-. 
    Mas ainda espero que ele se recupere, que se não pudermos, jamais, novamente, dividirmos uma garrafa de cerveja, que dividamos uma de água e o ombro, os braços,  o tempo o aprendizado. Muitas e muitas vezes ele deixou claro o quanto gostava e confiava em mim, não sei se fui tão merecedora, mas era e é recíproco este sentimento. 
  Então, devo dizer: "o senhor é forte, é digno, é parceiro e vai sair dessa! Um dia sentaremos e conversaremos sobre isso,  e sobre o quanto essa experiência transformou ou não sua vida, a minha, as nossas. E riremos, ou disto, ou de outras coisas, mas riremos!
    Aqui te esperam os amigos e companheiros e eu te espero junto deles também.

Rogo que Deus o proteja,  e não há melhor proteção! 

                                                                                             Essa é minha prece,

                                                                                                                               À sua saúde!

   Ps: Ele me ensinou que aqueles que insistem em rebaixar alguém não o fazem por sentirem-se superiores, mas por serem tão pequenos,  que pra não admitir que os outros são melhores falam contra eles, para   que sejam nivelados por baixo. Não é o maledicente que sobe, é o outro que ele tenta fazer descer. Demorei muito pra entender esse conceito e só pude aprendê-lo na prática. E essa compreensão das coisas hoje contribui muito, no meu jeito de lidar com as pessoas e agir com mais tolerância. Aqui meu muito obrigada!


*Ps do ps: Você se recuperou! Graças a Deus!!!

terça-feira, novembro 09, 2010

Silêncio

As palavras me calaram! Não porque não as possuo, mas porque giram de maneira abstrata,  confusa, desencontrada,  dentro de mim. Em busca de mudanças,  o que parece ser o desequilíbrio completo, pode ser o principio de um auto encontro,  a centralização do ser. Mesmo que temporariamente tudo caminhe numa via de mão dupla. Então o silêncio se reflete aqui em não escritos. E compreendo melhor o questionamento de Hamlet, aquele doido personagem de Shakespeare,  que pensava fingir ser doido,  e de fato era!"Ser ou não ser?..." Aparentemente, neste momento não importa! O que importa é trilhar cada passo desse caminho,  às vezes numa balburdia imensa,  outros num silencio desconcertante... E as palavras essas vão e vem com o vento... As vezes as carrego,  outras são elas que me levam! 

Uma Boa Semana

Ps: Com menos dor a minha já melhorou bastante! 

domingo, outubro 24, 2010

Tendinite....

Como todos sabem sou cabeleireira,  há três semanas tenho lutado contra as dores,  e me poupado "a medida do possível,  para o trabalho, por isso não tenho escrito. Para não deixar mais dias passarem em branco, publicarei um dos meus textos já escritos.

 O homem que me disse muitos nãos...





Alto. Deus de Ébano. Sonho de consumo de muitas mulheres, não poderia ser diferente, também era o meu! Foi o que pensei assim que o vi sentado no salão, fazendo uma pequena entrevista de admissão, quando fomos apresentados. 

Vaidoso, perfumado, bem vestido, cabelo raspado... Futuro colega de trabalho. Lindo!

Impressionante como rolou uma empatia logo de cara. Conversamos bastante, nos tornamos bem próximos. Simpático, bem humorado, gostoso - e bota gostoso nisso!-, dengoso, carinhoso e amigo...
Impossível não amá-lo!
Um homem, com jeito de menino, sempre repetindo que precisava ser amado!... Leonino, gênio forte, um pouco machista... Ou muito! Chegou machucado. Leão com pata machucada parece ser bem bravo, mas que nada, um afago na juba, um carinho na pata e logo se via... É grande!... Mas é um gato!
“Cara valente” (música de Maria Rita composta por Marcelo Camelo) eu costumava cantar para ele. Passávamos horas juntos, dia após dia... Gostávamos dos mesmos cantores, das mesmas musicas, não tinha melhor companhia, nem mesmo quando estava naqueles dias. Eu podia contar com um chazinho, um comprimido pra dor, que normalmente ele ia comprar a pedido, e uma paciência que parecia inacabável, exceto quando a TPM vinha brava, e minha educação fugia a galope... Ele preferia manter-se afastado. Inteligente! Suportava meu deboche e meu sarcasmo... Pois é... Devia ter pedido sua mão em casamento, mas minha proposta sempre foi para o corpo. Acontece que amigos não transam... 
Já me perguntei algumas vezes, será que algum dia ele teve medo de mim?... Não, não de mim, não creio! Talvez de nos aproximarmos, nos comprometermos... É isso de nos apaixonarmos!!! Não sei! Sei que eu tive meus medos...
É provável que ele não saiba que, ele nunca saiba, não houve um tempo em que eu me senti mais bonita, mais sexy, do que o tempo em que passei com ele. Um tempo, que eu queria estar sempre mais bonita... Responsabilidade dele. Com seus elogios e maneirismos. Com seus abraços, com um samba-rock ensaiado na salinha, apertados. Com as massagens que trocávamos. Tínhamos um pelo outro muito, mas muito cuidado!
Negro! Lindo! Que mulher não o desejaria?
Ficava lindo, quando o deixava tímido com minhas cantadas escancaradas... Sempre sorria, meio de ladinho, e dizia não nega, não! Nunca em minha vida de caçadora nata, recebi tantos não, e nunca foi tão gostoso! Não posso tirar os méritos dele, também me deixou sem graça, e se deliciou tanto com seu feito, que conseguiu me deixar nua, sem jeito, desmontada, como uma menina... Ah como foi bom sentir-me menina! Que gostosa sua risada!
Então ele disse que iria partir... E partiu! 
...Não sem antes darmos ao menos uns beijos! Da primeira vez, não deu certo. Toque de telefone, emergência. Teve que ir. Foi doce! Já na segunda por ciúme (é o que eu penso), pura necessidade de demarcar seu território, típico leonino, beijou-me... Sempre doce...! 
E partiu!
Fiquei só!... mas tinha o telefone! Trocou de telefone, de mundo, sei lá! Perdemos contato. Minhas mensagens na sua pagina de relacionamentos não tiveram resposta, meus emails também não. AI QUE SOLIDÃO! Além de me dizer não milhares de vezes, agora eu era categoricamente ignorada... Achei que ele me odiava. Enviei um email dizendo que ele me odiava! Mas, por quê?
Sem resposta. E nisso passou quase um ano, ou um pouco mais... Até que um dia... Daqueles bem normais, feriado, a única coisa de estranho foi que trabalhei demais. Carnaval! Quem trabalha demais no carnaval? Cantor de escola de samba vendedor de cerveja e eu! Não, nem todo sábado de carnaval é assim, mas aquele foi! Fechei o salão passavam das onze da noite, três cervejas com um amigo em meia hora. Telefone, acidente, amigo foi embora. Fiquei com a cerveja, e de repente...

Carro parado, não conheci o carro, aliás, não conheço, mesmo agora. Disseram-me que era um conhecido, me virei p olhar, e lá estava ele, sorriso lindo! O meu nêgo! Que alegria!... Que ansiedade!... Felicidade!

Sabe quando estamos vivendo um daqueles momentos que depois chamamos de perfeito?!... Aquele era um desses momentos, e na mesma hora eu soube disto!
Estacionou o carro, caminhou na minha direção. Acho que eu gritei?... Não me lembro da altura da minha voz... Mas dele, ah!... Dele eu me lembro! Latinha de cerveja na mão, sorriso largo no rosto, braços abertos, abraços... Que gostoso! Lindo! Como eu poderia não desejá-lo? 
Falamos da vida... Dos acontecimentos... Feriram meu nêgo... Como ousaram?!... Rimos como rimos! Noite estrelada e temperatura amena... Carona até em casa... Não podia ser mais perfeito!... Podia!?... 
Não sei como, mas num dado momento, enquanto guiava seu carro, nossos olhos se cruzaram, nossos lábios quase se tocaram... Transito!... Dirigiu até minha casa... Pausa: ida ao banheiro... Benditas cervejas... Como pude parar naquele mento pra ir ao banheiro... Já disse: cervejas! 
Voltei. Estava falando ao telefone, alguém o esperava, ele me disse isso no inicio do encontro, eu é que não me lembrava!... Eu o pedi em casamento!... Não!... Isso eu já esperava!
Voltando aquele momento no carro... Conversamos mais um pouco sobre nossas vidas... Eu estava alta... Ele precisava ir... Disse que o amava... Ele disse que me amava... Pedi que não sumisse da minha vida... Disse que logo voltaria... Despedimos-nos! Abraços apertados, beijos no rosto prolongado. No rosto, deixo claro!

quinta-feira, outubro 14, 2010

Feliz Aniversário.

Nascida de 8 meses no Sul da Bahia,  numa vila de Itabuna, no ano de 1944, era a filha mais velha dum típico casal da região "o coronel e sua esposa". Como diz a lenda,  criança de 8 meses não cria, foi cuidada e protegida ao máximo, e cresceu! Ajudou a cuidar dos irmãos mais novos. Estudou até a quinta série numa escola particular, não estudou mais, porque de acordo com o pai,  mulher tinha que casar, Então aos 13 conheceu aquele homem lindo, mais velho, inteligente,  evangélico,  tinham a mesma religião. E com o consentimento e gosto, principalmente de sua mãe, namorou, aquele homem lindo e disputado. Com dezesseis,  casou.  Aos dezoito teve sua primeira filha, dois anos depois nasceu a segunda, pouco tempo depois veio o treceiro filho,  o homem.  Com vinte e pouquinho, enterrava ele com 8 meses de vida. O marido não era o melhor,  e ao lado dele conheceu sua primeira grande dor. Na gravidez seguinte gerou outra menina,  e mais uma. Foi nessa gravidez que perdeu sua mãe num acidente de carro,  na virada de ano,  o motorista dormiu,  caiu com um carro num barranco. Neste acidente perdeu a mãe e irmão. E dois outros ficaram feridos.  Seu marido ja havia vindo pra São Paulo, então pouco tempo depois,  ela também veio, com 4 filhas morar na casa da sogra. Dias difíceis,  de necessidade e humilhação. Mas venceu. Engravidou novamente, dessa vez,  como dizem os nordestinos nasceu "um menino home",  este ganhou nome de rei. E dividiu os filhos  entra as 4 mais velhas, e na seqüência as 4 mais novas. Nesse interim,  teve um menino que nasceu morto, aos 8 meses de gestação,  e um aborto de três meses. Saiu da casa da sogra,  alugou um barraco, depois com a herança da mãe,  deu entrada no terreno,  construiu a casa,  terminou de criar os filhos, junto com os 3 netos mais velhos. Sempre recebeu em sua casa, mesmo nos tempos mais difíceis gente que precisava tato quanto, ou mais do que ela recebia seu apoio,  pelo menos um teto pra morar e algo para comer por um tempo, até se arranjar. Foi assim com  conhecidos,  sobrinhos, irmãos... Não recebeu a gratidão de todos,  até foi apunhalada por alguns.. Mas o mundo é assim fazer o que? Fez muita lanofix,  costurou muito, viu seus filhos um a um sair pra estudar, trabalhar. Nem sempre foi feliz,  talvez ainda não o seja de fato,  porque muitos dos seus sonhos foram jogados por terra,  e o mundo real,  pra ela não foi muito fácil. Cada um vive como pode. Foi o que ela fez. Os filhos mais velhos ajudaram a ampliar a casa,que um dia fora terrea,  com sala,  cozinha, banheiro,  dois quartos, onde habitaram, na maior parte do tempo 14 pessoas, depois passou a ter três quartos,  sala,  cozinha e oficina. Hoje essa mesma casa,  é um sobrado, onde outrora teve três cômodos subterrâneos, uma sala e cozinha gigantesca no térreo,  mais 4 quartos na parte superior.   Filhos foram embora,  casaram,  separaram,  nem todos,  as 4 mais novas ainda estão por lá. Outra,  e a derradeira das mais velhas também voltou,  separou-se trouxe sua filha...É a vida,  casa de mãe também é pra essas coisas. E mãe é pra sempre, não é mesmo?! Mas ainda não disse tudo,  há treze anos atrás ela ficou viúva,  quando uma de suas filha  recuperava-se de um câncer  aquela,  derradeira das 4 mais velhas. Mas depois da morte do marido, da recuperação da filha ainda teve mais netos. Hoje sua família é composta de nove filhos : 8 mulheres e um homem, 12 netos: sendo 7 deles homens, 3 bisnetas,  e alguns agregados. Que uma vez por ano se reúnem em torno dela para comemorar o dia do sue aniversário. Dia treze de outubro. Na sua certidão ela foi registrada com um  mês de antecedência,  mas todos sabem,  parentes amigos,  a data real de seu nascimento. 13 de outubro, este é o dia, e esta é minha mãe!!! Feliz Aniversário!

sábado, outubro 09, 2010

Descanso

Parar tudo por um momento, com o simples intuito de sentir-se, de proporcionar a si mesmo um momento de deleite. Ler um livro. Apreciar sua bebida predileta. Seus amigos. A família. Mesmo que não seja a melhor, é a sua família. O lugar pra chamar de seu. Então é  a melhor família! Basta estar lá. 
Se há algo que gosto nesses momentos é parar e lembrar quais são minhas referências,  e se elas ainda estão lá, do mesmo jeito,  e me lembrar quem sou, do que faço parte. 
Descansar meus olhos, corpo e espírito,segura nos braços do lar!

terça-feira, outubro 05, 2010

Feliz Brasil velho

No último domingo, dia 03/10, os brasileiros foram as urnas para votar para presidente, governador,  deputado federal, deputado estadual, e senador, e quando digo foram,  não me enquadro na frase, porque realmente,  eu não fui votar por diversas razões. Simples assim,  não fui!!! E é bem provável, que eu não vá,  durante alguns anos, e direi porque:

Porque um povo que vota obrigado,  não pensa pra votar. Haja visto,  a maior votação que tivemos pra deputado federal,  foi aqui no estado de São Paulo, onde mais de 1,3 milhões de pessoas votaram num palhaço, o Tiririca,  notícia tal, que rodou o mundo todo. Mas ele não é só um sujeito sem qualificação pra assumir tal posto, ele não tem capacidade nem de ler e escrever. Tudo bem ele se candidatar,  mas eu realmente gostaria de saber o que leva tanta gente a votar num sujeito como ele. Gente que sabe ler,  escrever,  tem um mínimo de informação e educação básica... Não estão nem aí com a política,  e não venham usar como desculpa de que é um do povo para lutar pelo povo, porque criar projetos,  elaborar leis,  exige um mínimo de conhecimento, e ele assumidamente não tem! O povo tem o governo que merece.
Está aí. Não reclamem depois de serem feitos de palhaços. Colocaram mais um pra ser corrupto lá em cima, mas esse é diferente, é um corrupto do povo.
 Devo crer que as pessoas que votaram nele são aquelas que gostam mesmo do jeitinho brasileiro. É o cara que vive dirigindo alcoolizado, porque ele é um excelente motorista, mas se é pego ,  tem sempre uma notinha no meio da habilitação, pro oficial não apreender o veículo,  nem ele. O cara que vota nele é este mesmo oficial, que não cumpre com seus deveres, porque ele ganha pouco só está defendendo algum. As pessoas que votaram nele, creio eu, são pessoas que não se importam nem com elas mesmas, é o cara e a mina que saem com alguém da balada,  e transam sem camisinha. Porque se amar inclui respeitar o próprio corpo, e assumir a responsabilidade de escolher o certo, pelas razões certas.  Inclui respeitar e se importar com o outro também,  afinal, o que não quero pra mim , não quero pro outro também.
Então foram todos as urnas, dizerem em letras garrafais:

"EU QUERO QUE MEU PAÍS, MEU ESTADO, MINHA CIDADE, MEUS AMIGOS,  MINHA FAMÍLIA,  TODOS... QUERO QUE SE FODAM!!!"

O que me conforta é que ele também vai se "FODER", quando sentado frente a televisão no sofá da sua sala, ver mais uma máfia ser descoberta. Quando for a um hospital público e não receber o atendimento adequado, se é que vai receber atendimento, e ver suas misérias e a de tantos outros ali expostas, nos corredores,  nas filas de espera,  na falta de investimentos, e sentia as entranhas lhe corroer!! Ele vai sentir!
Eu também, é certo. Mas ainda assim, eu poderei rir, na cara daqueles que me olharam e disseram, pior do que está não fica! 

E ainda direi,  quem ri por último,  hahahahaha,  ri muito melhor!

E ainda existe outro fator relevante, o desrespeito dos senhores candidatos com as vias públicas, e as leis. Não jogar papel nas vias,  não fazer boca de urna. Não houve um  posto de votação,  que não fosse visto milhares e milhares de santinhos jogados pelas calçadas, tomando as ruas... Se ainda candidatos esses 
indivíduos não respeitam as leis,  pensem, em quando eleitos,  com fórum privilegiado!!!?  É uma vergonha!

Então eu não fui,  e não vou votar, enquanto o desrespeito for tão evidente, eu ainda carrego em mim, um pouco de brio e vergonha na cara!

E a vocês leitores, perdoem-me as palavras vulgares, mas a minha indignação me deixa possessa. 

A propósito, a pouca vergonha já foi escancarada,  o querido candidato, agora eleito Tiririca,  é suspeito de fraudar as avaliações que comprovariam que ele não é analfabeto. As assinaturas das provas não batem. Ele é inocente?! No filme Carandiru, o personagem do Milton Gonçalves diz numa frase: Aqui ninguém é culpado. Então a ele (Tiririca) o beneficio da dúvida...KKKKK.

Vou indo, pra não começar a chorar!!

terça-feira, setembro 28, 2010

Virada

Estava preste a se unir, sem matrimônio oficial,  ao seu namorado de muitos anos. Gostava dele. Pelo menos,  acreditava que fosse assim. Para alegria de uns e tristeza de outros, como sempre. Mas estava decidida, ia casar! Então nos encontramos em sua casa, passei pra tomar um café,  e ela estava lá. Ansiosa,  falante,  bem humorada,  como há muito não via. Falou dos seus últimos programas ás sextas feiras,  que já que havia passado tanto tempo correndo atrás dele,  cansou, ia cuidar dela. Mas,  iam morar juntos!
Parti com a promessa de que logo nos veríamos para dividir as novidades. Ela não apareceu quando disse que viria. Eu também estava entretida com meus problemas...
Então, há uns dias, nos encontramos no busão,  disse que ainda não tinha acontecido nada, nem tocou no assunto de mudança e casamento. Falou de vontades, desejos descobertos, dos quais já havia se esquecido. Rimos com a expectativa dos acontecimentos e nos despedimos novamente. 
O que não é o destino?! Combinamos novamente de nos encontrarmos, mas não rolou! Ante ontem, mais conhecido hoje,  como segunda feira,  á noite nos encontramos de novo no onibus... :
"- Fui pro bang, mas não é só isso, tem uma coisa ruim,  acabou!"
Passei!  Ainda estou passada, todos os planos de dias atrás, assim, jogados por terra. Desacreditei, mas é verdade! Ela jogou tudo pro alto,  de uma vez, disse que cansou... das mentiras,  das bagunças, das DROGAS! Sim ela, como eu, e muitas outras pessoas, sabíamos. Mas ela gostava dele, acreditava que valia a pena estar junto, correr atrás,  tentar ajudar,  tirar o cara desta vida... Todo esforço foi em vão. Não foi nem uma, duas ou três noites de sexta feira que ela voltou do serviço e ficou em casa esperando por alguém que não chegava. Eu presenciei alguma delas! 
Como, também,  não foram poucos os sábados que ela ficou em casa deitada junto com ele, porque ele não tinha condição de sair. Tinha "zuado" muito na noite anterior, o corpo não queria sair da cama. Mas ela amava,  e ficava ali... no começo com sorriso nos lábios, afinal,  não precisava se preocupar, ele estava ali,  limpo,  descansando, ela podia ficar tranquila. Mas pelas repetidas grosserias, pela solidão, pelo tédio o riso foi se apagando... e de acordo com ela, também foi apagando o amor. 
Então, - e Deus seja louvado por isso!! - ela percebeu que ela não menos do que droga pra ser trocada sempre pelo vício do outro,  e ficar sozinha. Ela é bonita, inteligente, comunicativa, trabalhadora, ela merece mais, merece ser feliz! E faço minhas suas palavras,  concordo em gênero, numero e grau. Ela merece ser feliz. 
Compreendam,  minha intenção não é destruir a imagem do cara e fazer da minha amiga a mocinha, porque se olharmos de perto,  ela tem muitas coisas de vilã. Sabemos que  dependencia química é doença, mas não é fácil ser careta,  e lidar diariamente com um viciado, não há amor próprio,  nem pelo outro que resista. espero, tanto quanto ela, que ele se cuide, se trate,  vire a mesa e tome as rédeas da vida dele. Porque essa virada,  ela já deu, e ela não sabe, o quanto eu a admiro por isso!!!

quarta-feira, setembro 22, 2010

Um pedaço de mim

Eu sou um ser humano  do sexo feminino,  logo, sou  complexa!
Sou resultado da mistura de dois,  papai e mamãe, fruto do meio, 8 irmãos, a caçula!
Isso torna por um lado tudo mais fácil!
Por outro... ah!
Quase um saco!
Mas é bom!!!  
Claro,  com esse histórico,  sou bem complicada! 
Mas creiam,  sou tudo o que vivi, afetos,  desafetos,  amores,  desamores, escolhas boas ou ruins... Resultado das paixões e dos ódios por mim experienciados. 
Da educação dos meus pais, dos meus irmãos, dos meus amigos e dos pais dos meus amigos.
Daquela vizinha chata que vive a cuidar da vida do alheio, inclusive da minha! 
Das brincadeiras da infância, rebeldia adolescente. 
Das paixonites! Ah,  as paixonites essas escreveram boa parte da minha história.
Dos primeiros anos da juventude... Os inicios, fins e os meios! 
Trago em mim um pedaço de cada sonho, conselho, plano,  experiência por mim e comigo partilhado. 
Pelos amigos, familia, conhecidos,  desconhecidos, aquele estranho falante no buteco,  na fila do banco ou no ônibus. 
São muitos os pedaços!
 Com todo o tipo de importância no meu aprendizado, meu caminhar como forma de continuar acertando, ou como não errar, ou melhor ainda como aprender com os erros. 
Com a familia aprendi o amor, a fé em Deus,  a religiosidade,  como entrar e sair dos lugares, o respeito ao próximo, a noção de abrigo,  segurança e proteção. 
Meus valores!
 Com os amigos aprendi a distribuir esse amor,  essa proteção,  brigar e me defender, conviver,  aceitar,  perdoar, magoar, pedir desculpas ou deixar pra lá. 
Aprendi a arrumar confusões e sair delas. 
E que nem sempre eles estarão lá quando eu precisar, mas nem por isso me amarão menos,  eu é que vou ter que conviver com isso. 
Com as paixões tenho aprendido, que não há o que o tempo não cure! 
Até mesmo aqueles rompantes em meio a lágrimas desesperadas, que parecem ser o fim,  não são nem o começo! 
Só o principio do aprendizado, do relacionar-se. 
E que tudo,  passa.
 Sempre achei que com isso a gente endurecesse, evitasse mais os sentimentos,  fosse imune ao sofrimento, não criasse mais ilusões!
 Bobagem!
 Até onde estou,  continuo amando, apaixonando,  me envolvendo  e acreditando que se não for dessa vez,  a próxima dará certo!
A esperança do amanhã me mantem viva e aberta ao novo!
Os amores,  este sim,  me ensinaram a aceitar o outro, a superar os defeitos, apreciar as qualidades e a odiar tudo isso de vez em quando! 
Enfim,  sou resultado das junções de tantos e de todos!


Amanhecer


Um dia frio e úmido, dentro toda a espécie de medos e sentimentos. 

Quem estava cinzenta,  era eu!
 Insegura,  fraca, olhos úmidos, respiração ofegante... 
A imagem do cansaço depois de uma noite insone.
 Pensamentos desconexos...
Não sei se o que me afligia era uma clareza louca,  ou uma loucura clara, mas era eu.
Caminhei um pouco pela chuva e, de alguma forma, os pingos tocavam meu rosto, mas atravessavam minh'alma.
A noite cresceu levada pelas águas...
Não podia ficar acordada! 
Cansada, acalentada pelo som dos pingos de chuva na minha janela, adormeci... 
E sonhei.
E o dia entrou pela minha janela.



Álvaro de Campos
 Trapo

    O dia deu em chuvoso.
    A manhã, contudo, esteve bastante azul.
    O dia deu em chuvoso.
    Desde manhã eu estava um pouco triste.
    Antecipação!  Tristeza?  Coisa nenhuma?
    Não sei: já ao acordar estava triste.
    O dia deu em chuvoso.

    Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
    Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
    Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
    Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
    Dêem-me o céu azul e o sol visível.
    Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

    Hoje quero só sossego.
    Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
    Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
    Não exageremos!
    Tenho efetivamente sono, sem explicação.
    O dia deu em chuvoso.

    Carinhos?  Afetos?  São memórias...
    É preciso ser-se criança para os ter...
    Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
    O dia deu em chuvoso.

    Boca bonita da filha do caseiro,
    Polpa de fruta de um coração por comer...
    Quando foi isso?  Não sei...
    No azul da manhã...

    O dia deu em chuvoso.

sábado, setembro 18, 2010

Parei pra pensar

Tudo está tão caótico!
 Não é somente o céu cinzento e o dia úmido.
Ou o silêncio aqui dentro, o vazio...
É uma velha sensação, que chega
repetida e repetidas vezes.
O barulho de um mundo,
abafado por portas e janelas fechadas.
Quero ouvir o mundo,
desde que, por hora, não tenha que ouvir
As batidas do meu coração.
Porque algo me diz que ele não bate,
Treme!
Grita!
E de repente...
Para!
E os meus pensamentos desorganizados,
Me ensurdecem!

quarta-feira, setembro 15, 2010

A paixão faz bem pra pele

Depois de anos literalmente solitária, não que nunca tivesse companhia, é que alguém jamais ocupara o lugar do seu finado marido. Dez anos de viuvez e tolerando os parceiros que apareciam, mais por comodidade,  do que por interesse, era só de fato! Cada vez que conhecia alguém, pensava,  pode ser este, mas sempre acontecia algo pra que essa chama se apagasse assim,  de repente!
Desses dez anos, eu a conheço a pelo menos quatro anos e meio. Uma mulher extremamente comunicativa,  com senso de humor, mas uma menina triste e carente,  penso que foi isso que nos tornou mais próximas. Então,  a cada novo encontro eu torcia, como ainda torço, pra que tudo dê certo. E creiam, vi muitos deles, darem errado. Nunca era bom o suficiente, nunca era perfeito. E eu fazia parte da massa que dizia que perfeição não existe, e que para um homem,  vivo, cheio de defeitos, concorrer com um morto, que mesmo que não fosse perfeito, mas por tê-la feito tão feliz nos anos em que passaram juntos, era covardia! Ela era muito exigente!
Um dia ela chegou no salão falando de um moço que era uma gracinha, tão simpático, tão educado... tão, tão... Mas não era  nada, não ia dar em nada, mas eles foram se aproximando gradativamente. Trocaram telefone. Conversaram. Sairam. Conversaram. Deram uns beijinhos. Conversaram mais! Ainda não chegaram aos finalmentes,  como dizem, mas estão se preparando, pra esse momento, como jovens, recém apaixonados! Isso é lindo! E eu que dizia que perfeição não existe. Esse tipo de relação foi o que ela teve com o finado, e o que ela sempre procurou. Encontrou!... E não, não é tudo perfeito! Ele é mais novo,  ela passou dos quarenta, a ex-namorada dele resolveu pesar, a mãe dele também! Afinal, ele ainda não chegou nos trinta! Mas o que importa. Quando olho pr' aquele sorriso lindo que ela tem trazido nos lábios, em como meses de namoro e paquera deixou ela mais feliz,  mais bonita, digo a ela que ser feliz faz bem, e dá trabalho, que não pire, não desista,  em qualquer idade, em qualquer relação bem sucedida, sempre temalguém pra dizer que não dará certo,  que são pessoas muito diferentes, etc, etc. Digo  que nunca à vi com uma pele tão boa,  nem o melhor tratamento demartológico que ela tenha feito, deixou ela tão bem! Ela sorri com seu melhor sorriso, e fica ainda mais bonita, e posso repar nela, exatamente,  aquela jovenzinha se apaixonando pela primeira vez, e sinto um pouco de inveja, a boa, e concluo: " A paixão, realmente, faz bem pra pele!" Que eles sejam felizes!!!



"E quem irá dizer que existe razão, nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão?"
Renato Russo - Eduardo e Mônica.




segunda-feira, setembro 13, 2010

Espelhos

Uma avalanche de sensações invadiram meu ser,
Pensamentos confusos e desconexos...
Estar comigo parece perigoso,
Embora não exista melhor companhia.
Sinto que me vejo dentro de uma casa de espelhos,
Ora refletida em imagens distorcidas,
Ora turvas,
Mas na essência,
Sou eu.
Não sei...
Penso até, que gosto de mim!
Em algum momento,
Hei de me enxergar por completo,
E tenho certeza
Gostarei mais ainda do que vejo!

quinta-feira, setembro 09, 2010

Encontros

Quando eu decidi escrever este blog, a minha idéia era falar do mundo que me cerca... Nem todo dia acontece algo inspirador. Alguns dias são bem vazios, não que não sejam bons,  mas normais. Então na busca por imagens, notícias,  poesias, músicas, algo que me inspire ou agregue o meu blog,  me deparo com uma imensidão de universos particulares, que chamam a minha atenção. Às vezes um foto numa página, um nome de um blog me faz parar e penetrar no mundo de outras pessoas. É por isso que amo ler, adoro poesia, contos e crônicas, porque expressam emoções,  as mesmas que sinto, que outros sentem, porque as emoções são linguagens universais: ' as pessoas sorriem, amam, choram,  odeiam, sofrem, sentem prazer em qualquer lugar do mundo.' Um gesto de paz ou violência é reconhecido por todos, numa fotografia ou numa cena muda. Porque a linguagem das expressões corporais são entendidas e apreendidas   da mesma maneira...! Mas as palavras, essas sim podem ser organizadas de muitas formas. Isso é incrível! Podemos falar de amor, dor,  guerra, paz, alegria,  tristeza, ódio, de tantas maneiras, e cada um ao seu modo, com sua vivência, e seu aprendizado,  compartilhando um pouco, ou mesmo muito de si!
 Então, esses dias, me deparei com um blog chamado "cambalhotas diárias", duma jovem de 22 anos. Ela tem um jeito doce de escrever, alegre... mesmo quando triste. Então permito-me observá-la um pouco através dos seus textos,  e roubar dela um pouco da sua jovialidade,  da sua alegria,  da sua dor, e tomo pra mim as emoções que ali estão expressas em palavras, e me sinto parte, mesmo que ela não saiba, daquele universo! Como agora, mesmo que vocês leitores, não queiram, estão levando com vocês pedaços dela, porque vocês carregam pedaços de mim! E assim compartilhamos um mundo gigantesco de emoções... Nos encontramos, enquanto humanos num mesmo lugar, provando,  sentindo, percebendo, tocando o outro, e a nós mesmos! Viva  a todos esses encontros! Que sejam bons pra vocês, como têm sido bons pra mim!!!


AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa







Pra quem interessar  o endereço do blog é: cambalhotasdiarias.wordpress.com


Divirtam-se, porque ler é emocionar-se!!!



segunda-feira, setembro 06, 2010

Companheirismo

Hoje é um dia muito feliz pra mim, porque ontem você veio, de surpresa, sem cobranças... porque quis vir. E nos amamos. O seu cheiro vivo na minha memória,  parece que ainda está no meu corpo. É como se o prazer que vivenciamos se prolongasse pela simples menção do seu nome. Você esteve aqui, comigo,  no meu corpo, dentro de mim! E isso é tão bom!
Fico a repassar cada gesto, cada expressão, cada reação sua. Você estava feliz! A saudade, a vontade,  o sentimento, eram nossos, não meus! Sua boca procurou a minha com tamanho desejo de você ser meu, que meu corpo respondeu prontamente, a cada carícia, a cada toque e desejo seu.
Você fez todas as minhas vontades e atendeu meus pedidos. Você é doce, forte, viril. Como sou feliz com você. Porque quando a gente se toca, uma liga, uma emoção nos une e me apaixono de novo,   de novo, e de novo por você.
Hoje é um dia mais do que feliz pra mim, porque fui e sou sua, chego a pensar que você é meu... E pra completar, ainda comi lazanha!

Nem tudo no amor é lindo,  minha amiga esta com a filha mais velha internada no hospital, teve que passar por uma cirurgia de emergência, justamente no dia em que foi comemorado o aniversário da sua sobrinha de 15 anos. Após passar o resto da madrugada num hospital público, aguardar transferência para o hospital do convênio, passar o dia inteiro, aguardando o resultado dos exames e por fim a cirúrgia, descobre através das suas irmãs que estavan na festa,  que seu namorado, foi com a família inteira para festa, e só ligou pra ela apenas uma vez. 
Então pensei: "Eu mataria um desgraçado desses!" Perdoem  a agressividade das palavras, mas não concebo a idéia de ter um homem ao meu lado, que não esteja lá, quando for realmente preciso. O amor é lindo! O sexo é maravilhos! Ligar pela manhã e desejar bom dia é fofo... Mas quem  vai segurar minha mão e dizer que está tudo certo, tudo ficará bem, ou não me dirá nada, mas estará lá pra me dar uma força,me apoiar? Porque ter um homem na cama é maravilhoso, mas há tempos aprendi que este homem é o mais fácil de se arrumar,  pode ser qualquer um! Mas ter um companheiro a quem posso recorrer na hora de dificuldade, ah, esse é raro! E não estou falando aqui de tempos de relação, porque no caso desta minha amiga, eles estão juntos há 10 anos. Falo do "sujeito homem", aquele, namorado, amante, rolo, noivo, marido, o que for, mas que por estar/ficar comigo/você, faz-se presente, ou atende a um pedido prontamente por saberque existem necessidades que vão além do sexo!
Companhia, companheirismo, isso deve ser recíproco numa relação! Porque se não, transa-se com qualquer um ou usa-se um vibrador, por ser melhor estar só!

Deixando os relacionamentos de lado, falarei da política que é um assunto que não toco há alguns dias. Acho interessante perceber como factóides são gerados pra confundir a cabeça do eleitor. O caso da quebra de privacidade na Receita Federal, da filha do candidato José Serra, pode ter ocorrido por tres razões distintas: 


  • Porque o PT quis ferrar o PSDB;


  • Porque o PSDB quis ferrar o PT;



  • Ou alguém quis ferrar os dois e chamar atenção pra si!
Não importa, o fato é que mais uma vez o processo democratico foi abalado pelo interesse excuso de alguém. O que não me motiva,  realmente,  a votar nem nessa nem em outra eleição qualquer! Prestem atenção, pra eles não somos somente palhaços, somos massas de modelar, boiada que se conduz no sentido que eles determinam. Não é assim que funciona a democracia! Não é assim que se constrói uma verdadeira nação!

"A monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia e a democracia em anarquia."
Políbio

sexta-feira, setembro 03, 2010

Saudade




Como uma palavra tão simples pode manifestar sentimentos tão intensos?

Saudade chega a doer, fisicamente, porque é o oposto da sua presença. Sua ausência, dor, sinônimo de saudade.

Dizem que é de saudade que o amor se alimenta, não sei!... Porque sempre que você vem parece que o que mais sinto aumentar é a saudade, de um tempo que nem, ao menos, tenho certeza que existiu...

O tempo em que acreditava que você era meu! Talvez, hoje, você seja mais meu do que foi outrora. Não, na verdade, eu é que me tornei sua! Presa, refém desse amor, tendo por pena, cativeiro, essa saudade. Sentimento esse que sua presença só faz aumentar, pela simples idéia de que você vem, está, mas não ficará.

Deixo o tempo passar com o desejo de que o telefone toque dizendo que você virá, mas ele vai passando, dia após dia, mudo... Então me encho de uma esperança vazia, desesperadora e triste de que ele não tocara. Sinto meu coração diminuir cada dia um pouco mais, e quando bem pequenino...

O telefone toca!!!

...Cresce a esperança de ser você, e dessa vez é!... Com aquela voz de quem falou comigo ontem, e aí a saudade, bendita saudade, me traz todas aquelas sensações... Do seu cheiro. Seu toque. Seus olhos me olhando como se fossem meus apenas.

De novo, creio que me amas, e descubro que a minha saudade cresce, pois se alimenta da esperança de ser o seu amor. Sigo feliz, eu, a saudade e meu amor.

Saudade!



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom feriado prolongado pra vocês!

quinta-feira, setembro 02, 2010

Ressaca...Moral!!!

É, a festa foi boa, mas a participação de alguns torcedores mancham as imagens da festa. Cenas de vandalismo,  brigas e desrespeito foram exibidas,  e uma festa que tinha tudo para ser linda, fica com aquele estigma: "Tinha que ser corinthiano". Brigas ocorrem em todos os lugares, eu sei. Todos sabemos! Mas pra quê, por quê, insistir na violência. Quando parte de torcidas rivais,  não é justo, mas é explicável,  e por quê estando do mesmo lado, não conseguem manter a paz? A violência parece ser o sentimento mais bestial do ser humano. A necessidade de destruir, aniquilar é tão incompreensível.  Alguém pode ter a (in) feliz idéia de dizer que os animais selvagens,  brigam entre si,  mas não foi à toa que Deus nos deu inteligência, de acordo com os criacionistas, ou que deixamos de ser macacos, de acordo com os evolucionistas. Mas qual a real necessidade?
Certa feita estávamos trabalhando num domingo ensolarado no salão,  um casal aguardava a escova progressiva da filha -por parte do pai, e enteada da mulher- terminar, enquanto isso, foram ao bar do lado. Terminado o serviço, vieram pegar a menina. Então chegou a mãe da menina com o padrasto - ou namorado, sei lá, as coisas acontecem rápido demais-. Perguntou pelo casal e pela menina, e vendo que não estavam mais no salão foram embora. Pareciam nervosos e foram. Continuamos a trabalhar quando uma mulher que estava no ponto gritou que eles iriam se matar. Saímos do salão e nos deparamos com a cena: "Um cara (o pai), chutava a cabeça do outro que já estava caído no chão, com tanta força! E as duas mulheres estavam atracadas, agarradas pelos cabelos. Ajudamos a separar"... Eu fiquei pensando, como é deprimente pessoas se gladiando, por motivos banais! Quem me conhece, ao ler  este texto, pode estar pensando: "Como ela é doce!.. Não gosta de briga!..." Podem parar com a ironia!... Eu já briguei muito, mas do lado de dentro da confusão, a gente não consegue perceber, o absurdo, quão ridículo é tudo isso. Sendo assim, quando assistimos essas imagens, ao vivo, ou estampada nos telejornais, uma ficha cai... É patético. 
Ontem,  desde a primeira hora,  o dia  1º de Setembro aqui em São Paulo,  foi dedicado a festa da torcida Corinthiana, que terminou as 23:59 hrs. Hoje, por causa das comemorações, muitos ainda estão curtindo a ressaca, pela bebedeira, outros estão sem vos, pela gritaria, pelos hinos das torcidas cantados atá e exaustão. E eu me pergunto, será que os protagonistas dos atos de violência,  conseguem se olhar no espelho e não sentirem aquela ressaca moral do tipo: "O que foi que eu fiz? Como eu pude?" Será que não ouvem aquela voz da consciência, que ontem estava bem baixinha,  hoje gritar com eles? 
Eu não sei. Mas sei que a gente não pode mudar o mundo,  porque é muito grande, é muita gente. mas a gente pode transformar a nossa maneira de lidar com o mundo,  com a gente,  com o outro... Eu quero fazer minha parte,  eu quero buscar a Paz! E hoje, o meu espaço neste blog,  é para pedir, que cada um que ler esse texto,  reflita, qual é o meu papel, a minha importância na campanha pela paz? Eu estou refletindo...


"Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão.

 Vamos festejar a violência (...) Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso."
Renato Russo - Perfeição




"Venha, que o que vem é perfeição"
Renato Russo - Perfeição

quarta-feira, setembro 01, 2010

Mais uma louca do bando!!!

Eu te amo Corinthians e canto por ti meu amor! Mesmo que eu não ande fardada, que eu nunca tenha ido ao estádio,  eu te amo Corinthians e canto por ti meu amor. Porque por voce já chorei desesperada,  perdi a voz,  fiquei rouca,  fiquei até mesmo louca,  já briguei com amigo,  discuti em boteco,  já quase perdi namorado,  mas sem jamais deixar de ser Corinthians! Eu te amo Timão,  na primeira ou na segunda divisão,  ah que dor grande,  mas que renascimento!! Alguém já viu algum dia,  senão no nosso jogo,  rede globo deixar de televisionar jogos da primeira divisão? Eu também não,  só por ti Timão... Poque sua torcida,  não é a maior, mas a mais bonita,  a mais fiel! Eu já fiz promessa,  não torço mais não! Como, me explica,  se abandona uma paixão?  Você tem a humildade dos pequenos,  por isso és tão grande,  só quem não te conhece não te ama! Mas todos te acompanham, por amor,  ódio ou inveja,  na sua frente não tem ninguém, porque os torcedores ou são CORINTHIANOS, ou anti-CORINTHIANOS.  Mas são CORINTHIANS de algum jeito. Nos te amamos TIMÃO. Vimos passar por seus campos, MARCELOS, DINEIS,  TUPÃS, RONALDOS, MIRANDAS, ROBERTOS,  DENTINHOS,  ELIAS,  EDILSONS,  tantas raças, tantos rostos, tantas paixões... numa só paixão! Num só amor... Ah eu te amo CORINTHIANS,  e te canto, poque o meu canto,  é o canto de tantos!!! São CEM ANOS, e é só o começo, poque Zona Leste É NÓIS!  E NÓIS é o Brasil INTEIRO!!!!
SOMOS LOUCOS POR TI!! NÃO VAMOS TE ABANDONAR!! PODEROSO TIMÃO!!! NESSA TORCIDA DE MILHÕES,  ´SOU SÓ MAIS UMA LOUCA DO BANDO!!!