quarta-feira, agosto 10, 2011

Então um dia, abri todas as portas e janelas e deixei entrar o ar que não senti girar dentro de mim.
Pude inspirá-lo com tamanho desespero como se depois daquele,  não houvessem outros ares a serem respirados ali.
Prendi-o nos pulmões como que faz um bicho bravio,  cativo,  e fica ali a observar,  sentir,  num misto de medo e prazer de o saber ali!
Não podia, não pude mais segurá-lo...
E pelas mesmas portas e janelas por onde entrou,  não percebi,  que foi por uma delas que também deixei você sair.
Senti pulmões e garganta ressequidos.
Um desamparo na alma
e duas lágrimas a correrem dos meus olhos!

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