Então um dia, abri todas as portas e janelas e deixei entrar o ar que não senti girar dentro de mim.
Pude inspirá-lo com tamanho desespero como se depois daquele, não houvessem outros ares a serem respirados ali.
Prendi-o nos pulmões como que faz um bicho bravio, cativo, e fica ali a observar, sentir, num misto de medo e prazer de o saber ali!
Não podia, não pude mais segurá-lo...
E pelas mesmas portas e janelas por onde entrou, não percebi, que foi por uma delas que também deixei você sair.
Senti pulmões e garganta ressequidos.
Um desamparo na alma
e duas lágrimas a correrem dos meus olhos!
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